19 de fevereiro de 2010

JOÃO HÉLIO

Para quem se lembra do caso do menino João Hélio, segue a matéria mais ridícula da semana.

JOVEM ESTÁ EM SEMILIBERDADE
Depois de cumprir três anos de medida socioeducativa, o jovem, que era o único menor suspeito do crime, foi liberado no último dia 10, pouco depois de completar a maioridade. No dia 8 de fevereiro, uma decisão do juiz Marcius da Costa Ferreira, da Vara de Infância e Juventude, afirma que seria “necessário mais tempo para que (ele) se convença das vantagens da mudança de vida, do voluntário afastamento do grupo a que está integrado”. O documento diz ainda que “é preciso que (ele) seja estimulado a participar de outras atividades e grupos socialmente saudáveis”, e recomenda que o jovem e a família continuem a ser atendidos com acompanhamento psicoterápico. O magistrado determina, então, a “progressão da medida, inserindo-o no regime de semiliberdade”, a ser cumprida no Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (CRIAAD).

Sim, bem simples, um dos assassinos da criança foi incluso no Programa de Proteção as crianças e adolescentes ameaçados de morte, irônico não?
Bora trabalhar, pessoal!!! Temos que garantir a vida boa do assassino cruel que arrastou um garotinho de 6 anos por 7 kilometros com um carro roubado, deixando seqüelas irremediáveis em toda sua família e causando pena e sensação de inutilidade em boa parte da população brasileira.
Direitos humanos?
- O que é isso?
- Onde estão?
- O assassino merece?
- A vítima não?
A cabeça de quem estabelece esses critérios deve ser muito podre.
E a minha revolta com essa impunidade vem de um histórico familiar, pois perdi uma tia muito amada no final do ano de 2005, que tinha ganhado bebê há apenas 1 mês e estava radiante com suas conquistas e família, não fosse o trágico fim causado por um motorista embriagado, ex PM, que dirigia o carro que tirou a vida dela, aos 39 anos, deixando um filho de 6 e uma linda menininha que tinha apenas 1 mês de vida.
Calma, não terminei..... Junto de minha tia estava a cunhada dela (irmã do esposo) que também foi atingida e também teve morte instantânea.
Terrível sentimento que nunca imaginei passar, eu não presenciei este momento que vou narrar mas me disseram que a cena do esposo entrando na igreja chorando, todo de preto, segurando o filho pelas mãos e a bebezinha no colo foi de doer o coração de todos, e isso dói em mim até hoje, pois o irresponsável criminoso esta nas ruas, nunca dormiu nem sequer um dia na cadeia, deu apenas um depoimento, foi liberado e hoje deve dormir tranqüilo todas as noites, e mais, talvez nunca saiba, nunca imagine o tamanho da tristeza que deixou em nossas vidas, em toda família, em cada amigo daquelas pessoas tão amadas, tão queridas.
Muito difícil continuar nesse assunto, me emociono ao fechar os olhos e lembrar, imaginem ao escrever.
Só queria mesmo mostrar para todos que um dia tiverem a oportunidade de ler esse blog que a minha indignação ao ler essa nota não pode ser descrita.
Prefiro já não opinar sobre o tão falado Direito humano, que parece ser exclusividade dos infratores.
Melhor esperar que um dia a impunidade dê espaço para que a justiça possa enfim ser feita.