17 de julho de 2013

Absurdo: Susto no hospital e negligência médica



Preciso compartilhar o absurdo e a negligência que aconteceu com meu filho no dia 15/07/2013.
O Nickolas vinha se recuperando de um pequeno resfriado e fazendo inalação em casa há 1 semana.
Na segunda-feira (15/7/13), sai do trabalho e fui buscá-lo na escolinha, chegando em casa percebi que seus olhinhos estavam expelindo uma secreção amarela.
Como os olhos grudaram de tanta secreção resolvi ir ao Pronto Socorro (Hospital Family-Taboão da Serra) pra saber se tratava-se de uma conjuntivite.
Chegando lá ele não apresentava febre nenhuma e a médica Dra. FERNANDA BARROCAS OLIVEIRA disse que ele estava em boas condições mas mesmo assim pediu um Raio X para vermos o peitinho dele.
Raio X feito, em menos de 2 minutos me entregaram um envelope e me direcionaram para a sala da médica. Ao olhar o exame ela me diz a seguinte frase:
_ “Mãe, seu bebê está com pneumonia, entraremos com antibiótico (amoxilina) + antialérgico + spray descongestionante + remédio p/ febre (caso apresente).
Eu, arrasada não conseguia acreditar naquilo, como assim, meu bebê de apenas cinco meses com pneumonia?

Cuido tanto, mas tanto dele, chego a sufocá-lo de tanta roupa, touca, proteção contra o vento, me chamam até de exagerada.
Aquela altura já eram 23:00hs, me deram atestado de 7 dias para acompanhar meu filho em casa e fomos à procura de uma farmácia p/ comprar os remédios,que totalizaram em quase 60,00.
Fomos pra casa, mediquei meu bebê, dei o antibiótico, o antialérgico (em meio à esperneios) e o coloquei pra dormir.
Por volta de 00:30, volto pra sala desnorteada e resolvo olhar o Raio X, quando meus olhos pareciam não querer acreditar naquilo que eu lia.
Na etiqueta, ao invés de Nickolas Noronha estava escrito “Bryan Matos Silva”.

Como assim?????????????

Chamei meu esposo e falei que aquele raio X não era do nosso filho, fiquei enfurecida e na minha cabeça mil coisas passavam, eu queria voltar lá no hospital imediatamente, mas resolvi ficar com meu BEBÊ que finalmente já dormia.
O papai então voltou ao hospital para exigir explicações.
Chegando lá, uma equipe veio tentar colocar panos quentes e se desculpar, dizendo que houve um erro, e que não conseguiam nem encontrar o raio X verdadeiro do meu bebê, encontraram apenas um sem nome, que misteriosamente também não sabiam de quem era, a médica se desculpou, a enfermeira do raio x se desculpou, todos tentando abafar uma situação que NÃO TEM DESCULPA, afinal eu havia medicado meu filho indevidamente e aquela altura nem sabia a real situação de saúde dele, e além disso, o fato dessa criança (Bryan) estar em casa e sua mãe tranquila sem saber que seu filho estava com pneumonia.
Ontem voltei no hospital para novo exame.
Que fique bem claro que eu não tive atenção nenhuma, permaneci das 9:13 as 11:00 no hospital, não tive nenhuma prioridade mesmo explicando todo o acontecido da noite anterior, utilizei táxi para me deslocar de casa até o hospital e do hospital até minha casa e o pior de tudo, mais uma vez tive que expor meu filho DESNECESSÁRIAMENTE as bactérias do hospital, ao frio e ao cansaço e desgaste físico de ter que ficar pra lá e pra cá naquele frio.
O novo exame dele não apresentou NADA, (Graças a Deus), apenas uma virose, típica desse friozão que faz aqui em SP.
Ele está perfeitamente bem e de fato jamais deveria ter tomado o antibiótico.
O médico que me atendeu, disse pra suspender todos os remédios receitados na noite anterior imediatamente (claro que eu já havia feito isso quando percebi o erro) ou seja, mediquei meu bebê de forma errada pelo simples e gravíssimo fato de trocarem o exame.
Claro que isso acarretou danos irremediáveis nele (que tomou antibiótico fortíssimo desnecessariamente), no pai (que saiu de casa em plena madrugada se expondo ao perigo para retornar ao hospital) e em mim, afinal como qualquer mãe, até agora estou me culpando, fico me perguntando o porque não li se era o nomezinho dele assim que peguei o envelope, mas, foi tudo tão no automático, numa noite muito fria, eu com meu bebê no colo, só queria mostrar aquele exame imediatamente pra médica e levar ele pro quentinho do nosso lar.
Na hora que me entregaram eu apenas recebi e segui direto para a sala da médica (que erroneamente também não conferiu o exame e nem o nome do paciente), isso sim é um absurdo, pois ela como médica e profissional tem como DEVER seguir esse procedimento, é uma rotina dela, e não uma rotina minha.
De qualquer forma, a partir de hoje sempre irei conferir o nome, já aprendi a lição.
Esse relato aqui é pra que todos tenham o cuidado de SEMPRE conferir se o nome esta certinho, não devemos confiar de forma nenhuma nos profissionais que na teoria e prática deveriam seguir o procedimento mas não sei porque cargas d'água não o fazem (detalhe que o hospital estava praticamente vazio, nem a desculpa de super lotação explicaria essa confusão toda).
Estou indignadíssima com essa situação, se trata de um ERRO MÉDICO SIM, que graças a Deus não resultou em nada pior, mas:

E se, naquele momento a médica tivesse resolvido medicar ele de modo intravenoso?
E se, ele tivesse alguma alergia aos medicamentos que ministrei?
E se eu não percebesse o erro e continuasse dando antibiótico pro meu bebê por 14 dias (como indicava o receituário)?
E se, com essas faltas ao meu trabalho eu fosse demitida, tendo em vista que acabei de retornar da licença maternidade?
E se, a mãe do outro bebê (Bryan) não tiver percebido o erro, como eu percebi?
E o valor alto que gastei sem necessidade com farmácia e táxi?
E a exposição da saúde do meu filho?
E o trauma e transtorno que isso acarretou em mim e no pai?

Enfim, são tantos absurdos que até agora estou procurando digerir essa situação.
Pretendo correr atrás, não pretendo deixar sem resposta.
Fica uma alerta para TODOS, que assim como eu sempre tentam fazer o melhor para o filho, e mesmo assim estão sujeitas uma situação absurda como esta.
Estou decidindo como agir em relação a esse hospital FAMILY (TABOÃO DA SERRA), mas este caso não ficará assim, sem retorno.

Dano MORAL, FÍSÍCO, PSICOLÓGICO, sem atenção nenhuma por parte de todos.
Erro médico, falha humana e descaso que poderiam ter prejudicado a vida de um bebê inocente.
É isso, todo cuidado é pouco quando se trata de nossos pequenos!



1 de julho de 2013

O término da licença maternidade chegou


Texto difícil de escrever, acabou a licença maternidade e hoje é o primeiro dia de trabalho.     
                     
Na semana passada comecei a adaptação do meu Nickolas no berçário que carinhosamente apelidei de faculdade, e como ele fica feliz quando o acordo com um “boooom dia meu príncipe, vamos ir pra facu brincar com os amiguinhos”?
Falar fazendo brincadeiras é o modo que esta me aliviando o coração e me deixando menos triste. Por falar em tristeza, na semana passada senti uma tão profunda que parecia que um pedaço de mim estava sendo arrancado, e não é exagero, eu posso dizer que experimentei viver o momento mais feliz e o mais triste da minha vida, ao mesmo tempo.
Feliz porque ele está maravilhosamente delicioso, super risonho, interagindo o tempo todo, carinhoso, evoluindo muito a cada dia, dá orgulho de ver.
Triste porque parar e pensar nas horas que ficarei ausente e em tudo oque eu “vou” perder (deixar de vê-lo fazer) me deixou com um nó na garganta e outro no peito que jamais imaginei sentir.
É um amor indescritível mesmo, todos os dias eu vou dormir achando que o AMO em grau máximo, daí no dia seguinte eu sinto que aumentou, e assim vai, a cada dia aumentando e me fazendo mais bem, mais plena.
Desde o 3º mês já começamos a procurar os berçários, visitei uns 08, pesquisei, analisei, segui meus instintos, me alinhei com o papai e finalmente encontrei um lugar que me passou confiança.
Claro que isso vai ser confirmando gradativamente, mas fiquei feliz pela escolha e senti que fiz a coisa certa.
Não quis deixa-lo com terceiros por diversos motivos. Em alguns momentos da licença maternidade vivi desconfortos que “palpiteiros de plantão” me causaram, todas as mamães sabem que quando temos um bb isso se torna de certa forma normal e irritante demais, são muitos pitacos, palpites e até rotas que traçam pro seu filho sem ao menos te consultar, isso me deixou com o olhar atento e me fez optar pela escola.
Eu sei que na escolinha ele irá interagir com as outras crianças, terá horário para tudo (rotina), estará sob os cuidados de pessoas que já tem experiência com isso e que de nenhuma forma vão me desautorizar perante as coisas que eu definir para ele (obrigada Papai do Céu, por ter feito as coisas se alinharem a tempo e por me permitir achar um local que me passou impressões boas).
Na semana passada fiz uma adaptação com o mocinho, que ao meu olhar reagiu super bem, entrou sorrido e saiu sorrindo todos os dias (nenéco risonho e simpático da mamãe), já cativou as tias e foi me fazendo ficar calma, aos poucos percebo o quanto está fazendo bem para ele, pausa para alguns suspiros de alivio da mamãe...ufa!
Mas não foi simples, chorei, revivi momentos, vasculhei a memória quando ele estava longe de mim, cheguei e me questionar se iria conseguir passar por isso, consultei amigas, pedi socorro no grupo de mamães que participo, rezei, chorei no colo do marido, acordei de madrugada insone, abracei, apertei e beijei meu filho como nunca, disse coisas lindas para ele e por fim expliquei porque a mamãe iria deixá-lo na “faculdade”.
Acho que ele entendeu, e acho que estou entendendo.
Esses 5 meses fui pura e intensamente a mãe do Nickolas, e agora é hora de começar a ser a mãe do Nickolas e profissional Pollyana, sei que me fará bem, amo meu trabalho e jamais pensei em não voltar, apenas estava mergulhada num poço de amor infinito junto ao meu maior tesouro, e por ele vou a luta, por ele a caminhada não pode e não vai parar.

Hoje ao deixá-lo na escolinha o beijei e disse:
“Meu amor, mamãe vai trabalhar e te deixará aqui, brinque bastante com os amiguinhos, se alimente, descanse e mais tarde nos veremos, as 18h a mamãe vem te buscar”.
Com um lindo sorriso banguela eu entendi o seu: “Ok, mamãe, pode ir que eu estou bem”

E é dessa forma que eu vou pensar. É mais uma etapa, que assim como as outras, serão superadas.
Estou leve, “saudadenta” e sei que agora tenho um lindo motivo para lutar, e é por ele que estou aqui.
Acreditando sempre!
Um beijo de uma mãe que sente o coração muito pesado, não mais de tristeza mas sim de tanto amor!

"Filho, todos os momentos que passamos juntos são muito especiais, mas a mamãe tem certeza de que a partir de agora serão muito mais, quero curtir e aproveitar cada minuto com você meu amor, eu sempre estarei por perto, sempre meu princípe! Mamãe te ama muito e sempre vai fazer o melhor por você, quero que você tenha muito orgulho de mim como sua mãe mas também como profissional, e atrás deste objetivo que estou seguindo, meu amorzinho"!