Chegar da maternidade com meu lindo no colo foi incrível, não há
sensação mais gostosa que entrar em casa pela primeira vez com o filhote tão
esperado.
Aquela era a hora da verdade, era eu, ele e o papai e a partir
dali viriam milhões de dúvidas, descobertas e lições. J
Como não tenho sobrinhos aquilo tudo foi novidade messsssmo, até
porque no hospital você tem uma equipe (maravilhosa, diga-se de passagem)
fazendo tudo por você, dando banho, trocando seu filho, te trazendo comidinha
de 3 em 3 hs, enfim, cuidando de tudo, então na hora de voltar pra casa você
realmente começa a viver as loucuras delícias de ser MÃE.
Nos primeiros dias, eu ainda estava com alguns machucadinhos da
amamentação, então tentei cuidar disso.O bebê mamava muito e eu peguei o habito de anotar todas as
mamadas dele (até hoje faço isso) e houve dias em que ele mamou simplesmente 18
vezes, eu disse 18 x em 24 horas, imaginem a logística.
O início é desesperador corrido assim mesmo, imagine que
temos um bebezinho faminto, que foi retirado a "força" de sua casinha
quentinha onde ficou por 9 meses, se alimentava através do cordão umbilical,
sem fazer esforçinho nenhum, e de repente está no nosso colo, tendo que
aprender a sugar, mamar, além disso, sua mamãe está mega sensível, se
recuperando do parto, preocupada com a amamentação, com o papai, em cuidar bem
do bebê, em se cuidar, enfim... É uma adaptação tripla, é um momento delicado e
marcante para os três.
Tudo muda, a rotina, os hábitos e a vida do casal. A partir daquele
dia a sua história jamais será a mesma, (será muito mais maravilhosa) fato!
O primeiro mês com um bebê, na minha humilde opinião é o mais
difícil, eu lembro que em nenhum dos dias eu consegui almoçar antes das
18:00hs, e ai me vinham em mente as recomendações das enfermeiras:
“Mamãe se
alimente de 3 em 3hs, é importante para dar leite, tenha cuidado com o
resguardo, descanse, se cuide, durma quando o bebê dormir”...
Anrãn, mas comooooo? E o tempo?
Hospital, por favorrrr, me devolvam para o hospital, quero
comidinha feita e milhares de anjofermeiras cuidando de mim de novo..... help!
rs
Seguir todas as belas instruções era impossível, eu nem lembrava
de comer (falando a mais pura verdade), quando o nenéco terminava a mamada e eu
pensava em tomar água, colocava ele devagarzinho no berço, suspirava, virava as
costas e saia quase que flutuando pela casa em direção a cozinha, dava 3 passos
e “BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ”....
Opssss, lá vinha eu correndo em direção ao meu pequenininho,
esquecendo completamente da sede, da fome, do pipis, dos pontos da cesárea ou
de qualquer outra coisa que tinha em mente fazer.
Desde o momento em que meu filho AMADO chegou, eu só penso nele
mesmo, toda a dedicação e grande parte do meu tempo são para ele, e hoje tudo
está muito mais tranqüilo, mas naquele primeiro mês de conhecimento e adaptações
qualquer choro era motivo de desconfiança (fome? dor? cólica? xixi? quaquá? sono?)
enfim, era muita novidade para a mamãe que vos escreve.
Eu e o papai vivíamos 24hs por dia olhando para ele, dividindo
todas as angustias e delicias de ter aquela coisinha linda, pequena e tão
frágil sob nossos cuidados.
Durante o primeiro mês eu chorei quase TODOS os dias, e quem
e mãe sabe do que eu estou falando, como sabemos existem milhares de novidades,
um bebezinho frágil, pequeno e totalmente dependente de nós, que só se comunica
através do choro e o pior, que veio sem manual de instruções. :/
É um misto muito grande de sensações, é nossa sensibilidade em
grau máximo, é uma nova mulher acordando para a vida, é o nascimento de uma
criança, de uma mãe e de um pai, é a responsabilidade que chama, é o amor, é o
cansaço, é a fome, é o medo,
é a dúvida e mais um turbilhão de sentimentos invadindo nossa alma.
É Deus tocando nosso coração a cada resmungo e a cada feição
daquele anjo que ele nos confiou, enfim, é quando caímos na real sobre
a importância da missão que estamos assumindo.
E como eu sou humana, leonina, chorona e sentimental pacas, vivi com muita intensidade cada pequeno detalhe que acontecia.
A realidade é que a cada novo amanhecer eu acordo diferente, todos
os dias eu acho que o amo demais, ai na manhã seguinte percebo que já aumentou
de novo, e é bem essa sensação mesmo, é um amor que só aumenta, inexplicável,
renovador.
Ser mãe é a experiência mais apaixonante que uma mulher pode
viver!
Não é difícil, não é fácil, não se explica, apenas tenta-se descrever, porque é único.
Um beijo da mamãe e até o próximo post!
Primeira semana com meu lindo