23 de maio de 2013

O primeiro mês em casa


Chegar da maternidade com meu lindo no colo foi incrível, não há sensação mais gostosa que entrar em casa pela primeira vez com o filhote tão esperado.

Aquela era a hora da verdade, era eu, ele e o papai e a partir dali viriam milhões de dúvidas, descobertas e lições. J

Como não tenho sobrinhos aquilo tudo foi novidade messsssmo, até porque no hospital você tem uma equipe (maravilhosa, diga-se de passagem) fazendo tudo por você, dando banho, trocando seu filho, te trazendo comidinha de 3 em 3 hs, enfim, cuidando de tudo, então na hora de voltar pra casa você realmente começa a viver as loucuras delícias de ser MÃE.
Nos primeiros dias, eu ainda estava com alguns machucadinhos da amamentação, então tentei cuidar disso.O bebê mamava muito e eu peguei o habito de anotar todas as mamadas dele (até hoje faço isso) e houve dias em que ele mamou simplesmente 18 vezes, eu disse 18 x em 24 horas, imaginem a logística.
O início é desesperador  corrido assim mesmo, imagine que temos um bebezinho faminto, que foi retirado a "força" de sua casinha quentinha onde ficou por 9 meses, se alimentava através do cordão umbilical, sem fazer esforçinho nenhum, e de repente está no nosso colo, tendo que aprender a sugar, mamar, além disso, sua mamãe está mega sensível, se recuperando do parto, preocupada com a amamentação, com o papai, em cuidar bem do bebê, em se cuidar, enfim... É uma adaptação tripla, é um momento delicado e marcante para os três.

Tudo muda, a rotina, os hábitos e a vida do casal. A partir daquele dia a sua história jamais será a mesma, (será muito mais maravilhosa) fato!

O primeiro mês com um bebê, na minha humilde opinião é o mais difícil, eu lembro que em nenhum dos dias eu consegui almoçar antes das 18:00hs, e ai me vinham em mente as recomendações das enfermeiras: 
“Mamãe se alimente de 3 em 3hs, é importante para dar leite, tenha cuidado com o resguardo, descanse, se cuide, durma quando o bebê dormir”...

Anrãn, mas comooooo? E o tempo?

Hospital, por favorrrr, me devolvam para o hospital, quero comidinha feita e milhares de anjofermeiras cuidando de mim de novo..... help! rs

Seguir todas as belas instruções era impossível, eu nem lembrava de comer (falando a mais pura verdade), quando o nenéco terminava a mamada e eu pensava em tomar água, colocava ele devagarzinho no berço, suspirava, virava as costas e saia quase que flutuando pela casa em direção a cozinha, dava 3 passos e “BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ”....
Opssss, lá vinha eu correndo em direção ao meu pequenininho, esquecendo completamente da sede, da fome, do pipis, dos pontos da cesárea ou de qualquer outra coisa que tinha em mente fazer.
Desde o momento em que meu filho AMADO chegou, eu só penso nele mesmo, toda a dedicação e grande parte do meu tempo são para ele, e hoje tudo está muito mais tranqüilo, mas naquele primeiro mês de conhecimento e adaptações qualquer choro era motivo de desconfiança (fome? dor? cólica? xixi? quaquá? sono?) enfim, era muita novidade para a mamãe que vos escreve.
Eu e o papai vivíamos 24hs por dia olhando para ele, dividindo todas as angustias e delicias de ter aquela coisinha linda, pequena e tão frágil sob nossos cuidados.
Durante o primeiro mês eu chorei quase TODOS os dias, e quem e mãe sabe do que eu estou falando, como sabemos existem milhares de novidades, um bebezinho frágil, pequeno e totalmente dependente de nós, que só se comunica através do choro e o pior, que veio sem manual de instruções. :/
É um misto muito grande de sensações, é nossa sensibilidade em grau máximo, é uma nova mulher acordando para a vida, é o nascimento de uma criança, de uma mãe e de um pai, é a responsabilidade que chama, é o amor, é o cansaço, é a fome, é o medo, é a dúvida e mais um turbilhão de sentimentos invadindo nossa alma.
É Deus tocando nosso coração a cada resmungo e a cada feição daquele anjo que ele nos confiou, enfim, é quando caímos na real sobre a importância da missão que estamos assumindo.
E como eu sou humana, leonina, chorona e sentimental pacas, vivi com muita intensidade cada pequeno detalhe que acontecia.
A realidade é que a cada novo amanhecer eu acordo diferente, todos os dias eu acho que o amo demais, ai na manhã seguinte percebo que já aumentou de novo, e é bem essa sensação mesmo, é um amor que só aumenta, inexplicável, renovador.

Ser mãe é a experiência mais apaixonante que uma mulher pode viver!
Não é difícil, não é fácil, não se explica, apenas tenta-se descrever, porque é único.
Um beijo da mamãe e até o próximo post!

                                             Primeira semana com meu lindo



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