27 de abril de 2013

O dia do parto



A previsão era de que o meu Nickolas chegasse ao mundo no dia 9/2/13, dia exato em que completávamos 40 semanas, no dia 29/01/13 fui passar pela última consulta com meu obstetra e ao olhar meus exames ele me avisaria que minha placenta havia atingido o grau III, sinal de que o bebê estava maduro pronto pra nascer.
Olhei para o lado, maridão com os olhos enormes, eu totalmente anestesiada, como assim, em 48 horas teria meu bebêzinho em mãos?
Felicidade, medo, adrenalina, pressa, curiosidade eram algumas das sensações que meu corpo sentia.
Como leonina ansiosa e perfeccionista tudo já estava pronto desde o terceiro 8º mês, só faltava mesmo nosso bebê, mas qual mãe não sente tudo isso ao saber que o grande momento está tão perto?
Nas duas próximas noites eu nem consegui dormir, é impossível seguir os tais conselhos "dorme", "aproveita enquanto pode", "você nunca mais conseguirá dormir", simplesmente não conseguimos dormir muito antes de o baby chegar, a falta de posição na cama, os milhões de litros de xixi noturno e a maldita  azia vão aos poucos nos preparando para nossa rotina de pouco sono após a chegada do tão esperado filho.
A maternidade escolhida foi a Santa Joana, o parto estava agendado as 19:30 e as 16:00 eu cheguei com o maridão lá.
As 17:00 já havia dado entrada em toda a papelada e subi para o quarto, a essa altura eu estava bem emotiva, a impressão era que o tempo corria e saber que em breve eu teria meu filhote comigo me deixou num transe sem fim, confesso que tenho até dificuldade para lembrar de alguns detalhes.
Apenas com olhares eu e o maridão falávamos muitas coisas, impressionante como nada precisava ser dito.
Eu sempre muito vaidosinha, quando ví que eram 18:30 dei uma maquiadinha no rosto, coloquei o avental que deixa o bumbum de fora e fiquei no aguardo "do chamado".
Logo me chamaram para uma salinha aonde fiz uma triagem, ao meu lado havia uma grávida que esperava sua segunda filha, ela não estava com a cara muito tranquila, mas não me abalei, aguardei ser chamada, respondi todas as perguntas e no final olhei pra enfermeira e perguntei se teria problemas de ter passado um caminhão pouquinho de maquiagem, ela me respondeu que não havia problema nenhum, quando eu recebi o OK, peguei novamente a minha bolsinha gigante de make-up e dei mais uma caprichada no carão, rssss, poxa já que foi liberado queria estar bonitona para o momento mais lindo da minha vida.  
Logo depois, uma enfermeira veio me buscar: "Vamos mãezinha, chegou o grande momento"
Eu entrei na sala cirúrgica as 19:30 e de cara ouvi elogios dos 2 médicos, me falaram coisas bonitas, disseram que eu estava com uma cara muito boa e que a sala havia iluminado quando entrei, bendita seja a Santinha das maquiagens, hehehe.
Deitei na maca e logo o anestesista veio se apresentar e me deu a primeira sedação, como minhas veias são super finas foram necessários 03 furinhos, tudo bem já estou acostumada com isso.
Na hora de tomar a temida Rack confesso que senti um pouquinho de medo, quem nunca ouviu alguém falar que se a agulha pegar no local errado a pessoa perde o movimento das pernas?
Veio uma enfermeira e me pediu para sentar e fazer uma super inclinação para a frente, com uma barriga gigante me pedir para ficar naquela posição era quase como me contar uma piada, maaaas pelo medo da Rack eu até plantaria bananeira se fosse necessário. Posição atendida, ela me segurou pela frente nos dois braços, me inclinei, fechei os olhos e lembro que rezei um Pai Nosso e fiquei aguardando a picadinha que não demorou. Senti uma dor que não foi insignificante mais foi bem menor do que eu esperava, na sequência o anestesista comentou que não havia dado certo e que teria que me "furar" novamente, eu respirei fundo, fechei os olhos e mais uma  vez recorri a oração, eu rezei muito para que desse tudo certo, finalmente ele aplicou e dessa vez escutei o seu "ok", me deitaram devagar e eu fiquei aguardando os movimentos sumirem.
Dois minutos depois senti a maior dor de cabeça que já tive na minha vida, parecia que ia explodir, eu senti um desespero muito grande, o meu coração estava acelerado demais, só me lembro de perguntar umas 5x seguidas se aquilo era normal, o anestesista me deu novalgina e pediu pra ter calma que em instantes ia parar, isso deve ter durado uns 5 minutos, que foram os mais longos de toda a minha vida, eu realmente achei que minha cabeça iria explodir, sentia ondas fortíssimas de dor, que com o tempo foram passando e me deixando mais calma...
O maridão chegou na sala e conversamos por algum tempo, olhos marejados, mãos dadas, apertadas, misto de sentimentos, eu morrendo de medo dele desmaiar.
Não sentia absolutamente nada, só ouvia os médicos conversando e algumas músicas rolando baixinho no rádio (sim, eu ganhei neném ouvindo Antena 1, rsss).
De repente, Dr. Celso chama o paizão e pergunta se ele quer ver e filmar o momento exato do nascimento, na garganta engasgada, uma voz arranhada responde que sim.
Ouço também o Dr. me avisando que sentiria uma forte pressão no abdome, mas que não era pra me assustar, eu não senti absolutamente nada.
19:57: um choro baixinho ainda dentro da barriga também me fez chorar, o volume foi aumentando e demorou 1 minuto para que o Dr. Celso aparecesse com a imagem mais linda que já ví na minha vida.
Eu lembro de ter estendido as mãos e agradecido a DEUS, ví meu pequeno Nickolas e me arrepiei completamente ao reconhecer o mesmo bebêzinho cabeludo que havia aparecido nos meus sonhos por 5 vezes.....
Dei muiiiiitos beijos e acompanhei o olhar orgulhoso e emocionado do paizão , tiramos algumas fotos e lembro-me que levaram o bebezão e me pediram pra descansar, dali fui para a sala de repouso que foi onde eu vivi as 3 horas mais demoradas da minha vida...Mas ali, com um relógio bem na frente da minha maca eu viajava até o infinito pensando em tudo o que iria acontecer daquele dia em diante e contava os minutos para encontrar meu amorzinho e "começar a ser MÃE"....
Assim foi a chegada do Nickolas, emocionante, linda, sublime......
Foi certamente o dia mais feliz da minha vida (até hoje), sei que daqui em diante muitos outros virão e estou encantada com ele e com tudo oque ainda está por vir!!!

"Ser mãe é se deixar ser tocada pelas mãos de DEUS"
                                                                                                   (Mara Chan)



          Indo para a maternidade                                Primeiro amanhecer com meu príncipe




21 de abril de 2013

A decisão do tipo de parto



Desde adolescente acho que minha opinião já estava formada sobre o tipo de parto que eu queria ter, isso pode ser explicado pelo fato de eu conhecer muito bem as histórias que minha mãe me contou sobre como foram os partos dela (3 normais sendo que 1 deles foi fórceps e bem complicado, o que levou meu irmão a fazer 8 anos de tratamento na AACD em virtude de um estiramento do nervo do braço).
Sempre tive medo do parto normal e não tenho vergonha nenhuma de falar.
Também sou muito ansiosa e perfeccionista, gosto das coisas planejadas nos seus míniiiimos detalhes.
Na gravidez passei por muitos questionamentos, é bacana, as pessoas ficam mesmo super curiosas em saber como está o neném, de quantos meses, se você já tem tudo, o que está sentindo e a remanescente dúvida de “como será o parto”, cesárea ou normal?
Desde o começo eu sempre respondi que minha preferência era a 1º opção, mas senti por muitas vezes um certo "preconceito" em relação a isso, ouvi alguns comentários e frases em defesa ao parto natural, quase que me condenando por não pensar da mesma forma e me deixando por um momento indignada e brava como uma leoa constrangida.
Poxa, nada contra, acho lindíssimo e fiz questão de assistir a muitos vídeos, ler muito sobre o assunto, me informar de todas as maneiras possíveis, conversar com amigas que já eram mamães e após tudo isso a minha opção foi ter meu bebê de forma programadinha, como sempre quis. mais maquiada que o patati patatá
Após passar pela experiência posso falar com toda a sinceridade, o meu parto foi M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, lindo e mágico como sempre quis, a recuperação foi incrível, não senti dor nenhuma, a cicatriz ficou quase imperceptível, bonita e o melhor: Eu não me sinto menos mãe por não ter optado por esperar a natureza decidir o momento "certo".
É bacana quando a gente tem a sensação de que acertou em alguma escolha, eu me sinto assim.
Claro que existem pessoas e pessoas e cada uma tem seu organismo e recuperação diferente, o parto natural é o mais indicado pelo Ministério da Saúde por "N" motivos que são provados estatisticamente etc e tal, mas como minha experiência foi ótima eu levanto a bandeira da cesariana  SIM e sempre faço questão de contar que passei por ela sem levar nenhum trauma.
Essa questão deve ser pensada e conversada com muito carinho entre mamãe e papai, é o momento mais importante da vida dos dois, sem esquecer do bebêzinho que também VIVE literalmente esse momento junto.!
Este quadro faz uma comparação entre as duas opções, quando o ví pela primeira vez estava grávida e me assustei surpreendi, como já disse é uma questão delicadíssima e que merece muita atenção...
Beijos da mamãe!



Matando um pouquinho da saudade da antiga casinha do Nickolas

15 de abril de 2013

Estar grávida é


De acordo com o que eu vivi, estar grávida é:

*  ler 84 vezes o resultado positivo do exame para ter certeza de que está correto.
* perceber que tudo oque você programou para o dia da grande revelação vai por água abaixo, a emoção fala mais alto e a notícia é dada aos choros de uma forma que foge do seu controle.
* ficar perdidinha ao saber que a gestação é contada em semanas, e não em meses como você sempre pensou.
* se preocupar realmente com o mundo e com o rumo que as coisas estão tomando, ter medo do que o filhote vai encontrar lá na frente.
* ir ao mercado e ao invés de doces prestar atenção nas fraldas e se chocar com o quanto são caras.
* sair na rua e só encontrar mulheres grávidas.
* perceber o quanto o transporte coletivo é desconfortável e que tem muita gente mal educada no mundo.
* notar que há muito mais vagas de idosos e deficientes do que de grávidas.
* pedir a Deus todas as noites que ele mande um bebê saudável e perfeitinho.
* ter muito enjôo, pouco sono, muita fome, pouco frio, muita agitação, pouca preguiça.
* ler muito sobre gravidez, bebês, sintomas, partos, família e ainda assim ter milhões de dúvidas.
* descobrir que tenho as amigas mais carinhosas que alguém poderia desejar nesse mundão.
* querer ser uma super mãe.
* ficar elétrica do 1º ao 9º mês de gravidez.
* perceber que o melhor pai que meu filho poderia ter foi o escolhido.
* receber elogios dele e me sentir graciosa.
* achar minha barriga pontuda e linda.
* amar fazer ultrassons e ter vontade de fazer 1 por semana, e não 1 por mês.
* aprender a enxergar o filho nas manchas de um ultra-sonografia e com as batidas de seu coraçãozinho sentir arrepios da cabeça aos pés.
* sentir uma alegria descontrolada  e 5 minutos depois se acabar em lágrimas sem fim.
* aprender que uma gestação não é um mar de rosas, tem seus momentos difíceis.
* me perguntar porque minha mãe nunca havia me contado isso.
* acordar 311 vezes de madrugada para fazer xixi.
* dar um grito no trabalho ao sentir o bebê mexer pela primeira vez e receber um abraço coletivo ;)
* ter saudades de calça jeans, salto alto, tinta de cabelo, descolorante, pimenta, de enxergar o pé, de correr, de beber.
* ter mais saudade ainda de alguém que eu você nem conhece.  
* odiar chocolate, gostar mais ou menos de chocolate, amar chocolate, tudo no mesmo dia.
* perceber que minhas amigas ficaram grávidas junto comigo (Pamella, Bárbara, Cris, Verônica, Juliana, Julia, Nathália e mais uma fila de mulheres que não caberia aqui).
* despertar o desejo delas terem filhos.
* sentir uma ansiedade sem fim a partir do sétimo mês.
* ganhar milhares de presentes no trabalho e me sentir querida e amada.
* ganhar massagens, apertões, carinho e muitos beijos na barriga.
* despertar do mundo cor de rosa e conhecer um fantástico mundo azul.
* ficar em êxtase ao ler que menininhos são colados com as mamães, viu papai Ale.
* sonhar 5 vezes com um bebêzinho cabeludo e ao dar luz reconhecer o mesmo anjo que aparecia nos meus sonhos, exatamente igual.
* se sentir uma mulher de verdade.
* ouvir dois corações batendo dentro de mim. 
* acreditar em um mundo melhor.
* ter a prova real de que DEUS existe.

Eu senti isso!

                                                  Foto do 4º mês com meu amado Nickolas




11 de abril de 2013

Sintomas de uma grávida


Ao descobrir que eu estava grávida, estranhamente e de uma hora para outra, todos os sintomas vieram, foi automático.



Alimentação e alguns sintomas
O primeiro sintoma (chatíssimo) foi o enjôo, enjoei muiiiito, até o 5º mês praticamente, algumas coisas foram excluídas da minha dieta: feijão, cebola, e chocolates me faziam muito mal. Só de imaginar algo doce na minha boca eu tinha ânsia.
Meu obstetra me indicou um remédio chamado Vonau, este foi o salvador dos meus dias mais tensos, sempre tinha na bolsa e graças a ele consegui trabalhar sem grandes constrangimentos.
Entre o 2º e 4º mês eu emagreci 3 quilos, e de acordo com o meu obstetra essa perda de peso no início da gestação não era preocupante, era normal em função das alterações hormonais e também dos hábitos alimentares que foram totalmente modificados.

Senti também a famosa dorzinha no osso do cóccix (3º e 4º mês), dores nas costas (a partir do 6º mês), azia (7º ao 9º mês) e claro a sensibilidade a tudo, de um modo geral a gravidez faz uma festa hormonal em nosso corpo, então era muito comum eu chorar ou me emocionar sem grandes motivos, e como leoninos nem gostam de drama, eu chorei mesmo, e não foi pouco não!

Peso
Eu engordei 12 kilos na minha gestação.
Até o 7º mês o saldo era de 1 kg por mês, no 8º e 9º eu ganhei o restante, pois nessa época o bebê ganha peso de verdade então a cada semana você se sente mais “pesada”.
No 9º mês eu senti uma fome animal, eu disse ANIMAL, e todos os doces que não comi durante todos os meses anteriores me faziam falta naquele momento, virei uma formiguinha, tive medo de fazer o exame que detecta o diabetes gestacional, pois eu sabia que estava abusando (todos os dias queria chocolate), mas os resultados foram dentro do esperado e graças ao bom Deus e ao Santo das formiguinhas, eu estava bem.
* Para quem quiser saber o peso ideal a ser ganho na gestação, primeiro calcule seu IMC neste site http://www.calculoimc.com.br/ e depois faça o comparativo com a tabela abaixo.



Desejos
Não tive nenhum.
Poxa, que injusto, até hoje me arrependo de não ter acordado o maridex na madrugada pedindo um suco de cajá natural de Fortaleza, ou ir á Natal comer caju no pé daquele cajueiro gigante, ou até mesmo acordar e falar que meu desejo era de ter um anel de diamantes (como fui boba), meninas não deixem isso passar em branco, todas as grávidas devem ter um desejo, se não tiverem inventem, e claro, não deixem o marido acessar este blog jamais :)


Roupas
Eu abusei dos vestidos e saias.
Do 4º mês em diante entrar em qualquer calça se tornou desconfortável (e impossível), até as leggins me incomodavam, então a alternativa foram as saias longas (que eu adorei), até tentei usar as calças jeans para grávidas que vem com aquela faixa de lycra na cintura, mas fui uma grávida super calorenta e não me senti a vontade.
Usei bastante aquela calça bailarina que vai até o peito, essa eu adorei e pretendo usar sempre, em questão de conforto e leveza é demais.
Tudo certo e lindo com as saias e vestidinhos, mas confesso que no 9º mês eu não agüentava mais de saudades dos meus jeans, talvez por isso não tenha tido nenhum DESEJO na gravidez, eu não queria comer nada, só queria entrar nos meus jeans de novo, rs.
Esta foto é do início (3º mês).
Saudades de sentir meu Nickolas no forninho!




Bem, não vou me alongar, o post já está muito grande, continuamos no próximo.
Beijos da mamãe fênix.

9 de abril de 2013

A descoberta da gravidez


Eis que um belo dia, meados de Junho de 2012 quando minha única “preocupação” em mente era ter uma boa ideia para colocar em prática no dia dos namorados (o 12º que eu passava com meu maridex), começo a sentir um mal estar, mais claramente uma leve azia, sensação totalmente desconhecida até meus 28 anos, no entanto tive que recorrer ao Sr. google para saber se era aquilo mesmo, e sim era.
Lembro-me que o gosto das comidas também estava muito estranho, nada tinha o mesmo sabor, o chocolate tinha gosto de alface, a maça de macarrão, o feijão de morango e assim vai.
Após uma piadinha ou outra, alguém solta a pérola: “Hum, sei não hein, acho que você está grávida”.
Grávida eu, que nada...
Peraí, mas e o atraso? E aquela sensação estranha no estômago? E aquele nó na garganta, quase como uma aflição?
Sei lá, sempre tive o desconfiômetro bem ligado e acho que aquela altura eu já sabia (mesmo que inconscientemente) que algo diferente estava acontecendo comigo.

Teste de farmácia comprado: Caso você esteja grávida em 5 minutos aparecerão 02 linhas vermelhas.
OK, teste feito, peraiiiii, mas se passaram só 10 segundos, e essas duas linhas aqui???
Oh my God, deu positivo.

Aguentei firme até o dia seguinte (12 de Junho), quando fiz o BETA HCG. Não queria fazer alarde nenhum, até mesmo porque esses testes de farmácia sempre me soaram como suspeitos, enfim, as 7:00 da manhã fiz o exame laboratorial e as 20:00hs era a previsão do resultado, e agora, como eu iria agüentar 12hs por aquela resposta, sem contar pra ninguém???

Como boa leonina durante esse período acessei o site do laboratório umas 1.984 vezes, ao final do dia já sabia de cor e salteado os números de protocolo e senha do exame.
20:00hs no relógio, e tinha chegado o grande momento.
A dúvida era se eu esperava meu maridex (que naquela época ainda era namorado) chegar da faculdade para acessar com ele ou se eu fazia aquilo sozinha.
Bom, como leoninos são curiosos, já devem saber qual foi a opção escolhida.
Eu li aquele laudo umas 5x seguidas, eu não conseguia acreditar que era positivo, aqueles números pareciam confusos, mas não havia erro, e sim eu estava grávida.

Primeira reação: Choro, muito choro, após algum tempo me acalmei e resolvi ligar para a minha melhor amiga.

Expliquei todo o acontecido e inclusive falei que havia montado uma surpresa pra ele, era uma super mesa com nosso famoso café noturno romântico, afinal era dia dos namorados, e mesmo com provas, último ano de faculdade, correria total, não poderia deixar aquele dia especial passar em branco, e não passaria mesmo!

O conselho que ela me deu: “Não conte de imediato, acalme-se, converse com ele, espere ele se alimentar e ai sim, quando a barriguinha estiver cheia e não houver chances dele desmaiar, você solta o comunicado”.
Hahaha, as amigas sempre arrasam.

Poxa, eu sempre imaginei e planejei tantas coisas para quando aquele momento chegasse, dar a notícia de que eu estava grávida, enfim, tudo parecia ter fugido totalmente do meu controle.
Ele chegou, exausto mas feliz, naquele dia eu o recebi com uma cara tão mas tããão estranha que percebi que ele me olhava tentando adivinhar o que havia de errado comigo.
Eu, cara inchada de tanto chorar, mãos tremulas, borboletas no estômago e uma enorme vontade de dar um abraço bem apertado nele e nunca mais descolar.
Esperei ele comer, todo feliz (coitadinho hehe) me falava com tanta empolgação sobre como havia sido o dia dele, e eu monossilábica apenas pensando: “deixa ele se alimentar para não desmaiar, deixa ele se alimentar para não desmaiar” (ordens da Cris seguidas).

Na seqüência, o diálogo mais louco da minha vida:

Eu: Tenho uma coisa pra te falar:
Ele: Que legal, o que é?
Eu: Tenho uma coisa pra te falar:
Ele: Tá bom pode contar.
Eu: Eu es es es es estou grávida, buááááááááááááááááááá (choros e soluços infinitos).
Ele: Que chique!

(Eu realmente acho os homens estranhos)

Sim, ele disse isso, e ficou me olhando, com cara de paisagem romana, acho que sem saber o que fazer coitado, porque eu não parava de chorar mesmo.

A ficha não caia, eu não conseguia acreditar.
Foram tantas coisas que aconteceram em minha vida em relação á saúde que esse assunto ‘gravidez’ era um tanto delicado pra mim, sim eu evitava pensar nesse assunto, não porque não queria (ser mãe algum dia), talvez evitasse pensar nisso exatamente por ter tanto MEDO de nunca conseguir ter um filho, e no fundo essa angustia era só minha, eu jamais havia comentado isso com alguém, mas por motivos pessoais de saúde que não citei aqui no blog, não achava que seria possível, foi realmente uma surpresa.

Naquela noite eu não preguei o olho (ao contrário do maridex), que teve um sono muito tranqüilo, chique né.

(Sim, os homens são muito estranhos)

Pensei sobre tantas coisas, duvidei do exame, dos sintomas, senti medo, senti felicidade, euforia, senti tudo (menos sono).
Naquela noite a minha vida começou a mudar. A partir daquele dia, corpo, cabeça, sentimentos e coração jamais foram os mesmos.

12 de Junho de 2012, o dia em que descobri que minha vida mudaria para sempre!
E mudou, pra muito melhor!


8 de abril de 2013

A Mamãe chegou!



Há meses ensaiava escrever aqui, pensava nesse espaçinho que abandonei há algum tempo atrás e sentia uma imensa vontade de voltar, mas não sabia sobre o que queria escrever.
Agora a falta de assunto não é o problema, por isso decidi manter os posts antigos mas mudar a carinha do blog e escrever sobre a minha mais louca e deliciosa aventura.
Volto na minha melhor versão, na mais intensa, na mais sublime, a versão da menina que virou MÃE!
Hoje vivo em meio a uma série de descobertas que devem sim ser compartilhadas, ou, caso ninguém leia isso tudo que penso em escrever, vou ter sempre aqui alguns fatos dos meus dias mais lindos e inesquecíveis.
Hoje meu filho lindo, o Nickolas, tem 02 meses e 8 dias, mas faço questão de voltar um pouquinho no ano passado e iniciar contando sobre como tudo começou, a descoberta da minha gravidez, o dia em que tudo começou a ficar diferente aos meus olhos (no próximo post)!